O lado bom de escrever menos frequentemente é que toda vez que eu escrevo, sinto que tenho mais a dizer. Vamos lá — dividi a edição de hoje em:
a. Anúncio
b. Contexto
c. 3 Reflexões
d. Moral da História (pula pra cá se tiver sem saco)
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Direto ao ponto - vou começar a dar mentoria de carreira para quem quiser. Decidi lançar aqui primeiro… e explico o porquê. A proposta é Como Navegar o Mundo Profissional com Sucesso e Sem Angústia. Quero ser um auxílio pra você que quer crescer profissionalmente, mas mantendo um pé sempre reflexivo e tomando passos estratégicos.
Sem valor pré definido — o intuito é ajudar mesmo. Criei um formulário aqui para quem se interessar no assunto. Serão 10 agendas. Reuniões de 1 hora.
Alguns casos que vocês me enviaram recentemente e que posso ajudar:
a. O que fazer com a minha carreira?
b. Qual meu próximo passo profissional?
c. Como montar a empresa que eu sonho?
d. Aonde devo trabalhar saindo da faculdade?
e. Como navegar o mundo das startups?
Coisas assim. 10 vagas — será um prazer. Coach de sucesso tem muito; quero ser alguém pé no chão que ajuda pessoas esforçadas e que enxergam além do sucesso por sucesso e ponto final. Coisa íntima. E ah, para os que não me conhecem… este sou eu :)
Seguindo…
Minha vida de lá pra cá
Escrevendo esse parágrafo para afirmar aquilo que você já sabe: a vida muda muito rápido. Olha só quanto a minha cabeça mudou nos últimos 6 meses:
a. Dezembro de 2024: Passei num programa do Sam Altman e vou me mudar pra San Francisco (SF), EUA, no mês que vem. Vou me demitir e empreender. Nível de alegria imenso, 1000% comprometido.
b. Janeiro de 2025: Me demiti e decidi que ia empreender. De fato me mudei para os EUA.
c. Fevereiro de 2025: Criei um negócio que faturou e pegou tração com tecnologia para recrutamento. 10 clientes em 1 mês. Sócio errado, não tive coragem de seguir com o investimento que íamos receber. Desisti.
d. Início de Março de 2025: Já começo a me questionar - será que eu tenho que empreender mesmo? Será mesmo que tenho que ficar nos Estados Unidos? Sem emprego, é muito caro morar aqui. Muita dúvida. Período difícil.
e. Final de Março de 2025: Definitivamente (eu tinha muita certeza) não vou empreender agora. Vou pro mercado, ganho mais dinheiro e depois eu penso em empreender com uma pessoa que eu confio. Sócio errado nunca mais.
f. Abril de 2025 (hoje): Estou empreendendo nos EUA e já morando no Brasil com o sócio certo.
Reflexão 1 da edição de hoje: não se leve tão a sério. A vida muda muito rápido, e você nunca sabe o dia de amanhã. Why so serious?
Às vezes é melhor rir do que chorar. Levar a vida excessivamente à sério faz mal — leveza é tudo. Cuidado com promessas que você faz, tanto para você mesmo quanto para os outros.
3 Reflexões
Recentemente criei um compilado de frases que são super fortes e que me fizeram pensar muito sobre a minha vida e as minhas escolhas. O que eu decidi fazer é colar cada uma delas aqui, explicá-las, e você decide o significado que quer dar para cada uma delas.
Power resides where people think it resides. Power is a shadow on the wall — a very small man can project a very big shadow.
O poder reside onde as pessoas acreditam que ele reside. O poder é uma sombra na parede — um homem muito pequeno pode projetar uma sombra muito grande.
Chego em San Francisco — e para quem não sabe, essa cidade é considerada o berço da tecnologia mundial. Estar aqui é como jogar na Premier League ou vestir a camisa da seleção brasileira, mas no campeonato da inovação. É como pisar em New Orleans no mundo do jazz, ou caminhar pelas ruas da França na arte da culinária. San Francisco é, para muitos, a Meca da tecnologia.
Naturalmente, espero encontrar um exército de gênios — pessoas que vivem para criar, que tiram um coelho da cartola por dia, que operam em um nível de genialidade quase místico. Gente como nunca vi antes.
Mas a realidade me pega de surpresa: às 18h30, os escritórios estão vazios. O expediente, de 10h às 18h, parece inegociável. Quem realmente se joga de cabeça são, em grande parte, os estrangeiros — brasileiros, indianos — que esticam horas, que constroem com intensidade, que parecem ter fome de deixar uma marca.
E aí a pergunta inevitável surge: por que, então, seguimos tratando San Francisco como essa Meca?
A primeira resposta é simples: capital. Lá, há dinheiro — muito. Capital que permite errar, tentar, refazer. Mas há um segundo motivo, bem mais sutil: fé. As pessoas acreditam que o poder está ali. E essa crença, por si só, constrói a realidade.
Me vem à mente a velha parábola: três grandes homens estão numa sala — um rei, um padre e um homem rico. Entre eles, um espadachim. Cada um manda o espadachim matar os outros dois. Quem vive? Quem morre?
O que define o desfecho não é a espada, mas a fé. O espadachim obedece aquele em quem acredita estar o poder. E, por isso, o rei sobrevive.
San Francisco é o rei. Não porque tem a espada. Mas porque todos acreditam que ela manda. Existem outros “San Francisco" na sua vida. Vale refletir.
Not wanting something is as good as having it.
Não querer algo é a mesma coisa que ter algo
Dizem que, certa vez, quando Sócrates passeava com os amigos por um mercado, ele disse:
“Olhem só para todas essas coisas… que eu não preciso”. Existe uma forma de liberdade em não querer.
O verdadeiro jogo da vida é estar consciente do que queremos — e então ir atrás disso com o coração inteiro.
Quando escolhemos não desejar a maioria das coisas, criamos espaço para focar no que realmente importa.
Costumo usar sempre a mesma analogia sobre a vida:
imagine que ela te entrega 10 ovos — e, à sua frente, há inúmeras cestas.
Cada ovo representa uma parte da sua energia, da sua atenção, da sua capacidade de se dedicar.
Você pode colocar todos os 10 ovos em uma única cesta. Isso te dá foco, intensidade, direção.
Mas, ao fazer isso, as outras cestas ficam vazias — e tudo o que está nelas deixa de avançar.
A questão é: onde colocar seus ovos?
A resposta depende de clareza. De saber o que você realmente quer construir.
Sem isso, é fácil desperdiçar energia em cestas que não importam.
Falam que o segredo é o equilíbrio. Talvez seja.
Ou talvez o verdadeiro segredo seja saber quando desequilibrar de propósito.
Equilíbrio é tudo... ou será que não?
Só você pode descobrir.
São apenas 10 ovos…
When will I know I'm Ready? You won't — it's a leap of faith. That's all it is.
"Como vou saber que estou pronto?" Você não vai — é um salto de fé. Só isso.
Começo dizendo uma coisa relevante — estar pronto, se sentir pronto, sentir que o momento certo existe é um mito. Mito, mito, mito. Lenda urbana. Você nunca, nunca, se sentirá assim. Você nunca sentirá com 100% de clareza que o momento certo para sair de uma empresa e começar a montar a sua chegou. Você nunca sentirá 100% de clareza que é hora de terminar o seu relacionamento. Essas coisas simplesmente não existem.
Uma história pra você. Uns 2 anos e meio atrás eu tive uma conversa com um cara sobre empreender. Estávamos em Setembro. O cara estava empregado numa empresa e eu o perguntei se ele pensava em sair dela para montar o próprio negócio. Ele olha pra mim e diz que sim, que não via a hora, e que estava esperando só o bônus cair no final do ano que ele ia sair da empresa. Eu encontrei esse cara semana passada, na mesma empresa. Relembrei ele desse momento — ele olhou pra mim, riu, sorriu, e não soube o que dizer. Saí andando e decidi que escreveria isso para você ler.
Sonhos, muitos sonhos, morrem por falta de coragem.
É por isso que as histórias de sucesso são sempre legais de ver — justamente porque não tinha como saber. É tudo um salto de fé. E salto de fé é realmente não saber o que tem do outro lado.
E salto de fé é realmente não saber o que tem do outro lado.
E salto de fé é realmente não saber o que tem do outro lado.
E salto de fé é realmente não saber o que tem do outro lado.
Repetindo porque essa é a essência do meu recado final — muita gente, inclusive você, pode estar esperando o momento certo para fazer algo há anos, meses, semanas. Guess what? Ele não virá.
Mais uma vez, eu sempre digo — a vida é muito curta para se arrepender das coisas que você não fez. É melhor se arrepender das coisas que você fez.
You play the game to get rid of the game.
Fé.
Moral da História
A moral das histórias todas, juntas é, jogue sempre uma pitada de sal na sua vida. Ela merece.
Devaneie, saia da sua personalidade por uns dias, volte, conte piadas, aproveite a vida com amigos, colecione momentos, trabalhe muito, almeje sempre ser uma pessoa melhor. Viaje, tire fotos, sinta-se feliz, sinta-se triste, aprenda com os erros, celebre os acertos. Beije, dance, aproveite o mar, a montanha, more fora do país e volte para contar as histórias. Querer é importante, afinal somos humanos, mas não deixe, nunca, de parar para refletir sobre a vida. A constante mudança é a essência de quem somos.
E ah, é claro - não leve as coisas tão a sério assim.