E aí, turma.
Antes de tudo, bem-vindos aos novos leitores que chegaram pelo LinkedIn. Fiz um post dizendo que o TMP existe e ganhamos mais de 100 novos nomes por aqui. Que bom ter vocês :)
Esse é um espaço onde escrevo sobre a vida. Coisas que me acontecem — e que, de algum jeito, acabam virando reflexões que talvez valham o tempo de vocês. Feel free para ler o que acharem relevante e pularem o que não for.
Tudo aqui é como eu penso sobre a vida (e não necessariamente sobre como ela é).
Edição de hoje
Hoje queria falar sobre dois assuntos, então vai ser mais ou menos assim:
a. História 1
b. Pensamento Adicional a História 1
c. História 2
d. Fechamento
A opinião do outro…
História 1.
Sempre fui alguém que não se abala fácil com a opinião alheia. Especialmente aquelas opiniões que vêm sem contexto, sem convite, sem valor. Fofoca, ruído, julgamento solto — deixo passar.
Mas…
Esses dias, rolou um episódio que me tirou do sério. Uma pessoa foi ao mercado falar mal de mim. Espalhou sua versão para várias outras — e, com isso, portas se fecharam.
Fiquei chateado. Não pela crítica, mas pela situação. Porque, com toda a clareza que se pode ter de si, eu sabia: tinha feito o certo. O certo, não o conveniente.
Na irritação do momento, rascunhei uma mensagem. Queria escrever pra essa pessoa. Explicar minha indignação. Pontuar cada coisa. Mas antes, como toda pessoa que tenta não agir no calor, mandei uma mensagem pra um amigo. Contei a história e perguntei: O que você faria?
Ele respondeu só isso:
Seja melhor.
Se alguém que é importante pra você acredita em uma versão sem sequer te perguntar… então essa pessoa também não merece seu respeito.
Seja melhor.
Foi o melhor conselho que recebi.
Respirei.
Não respondi.
Segui a vida.
Cinco dias depois, recebo uma mensagem. Da mesma pessoa que começou tudo — puxando papo, como se nada tivesse acontecido. Como a vida é, ne?
Eu fui melhor.
E deu certo.
Moral da história?
A opinião do outro importa menos…
quando o outro importa menos.
Saiba discerner. Se é amigo seu, de verdade, importa. Se não é, não importa.
Lição aprendida.
Pergunta fora de currículo: se você tivesse que escolher agora 20 pessoas para serem padrinhos e/ou madrinhas do seu casamento, quem seriam? Geralmente são essas que mais merecem sua atenção e sua paciência.
Recado pra você que tenta agradar todo mundo
Essa reflexão é especialmente relevante para quem, como muitos aqui, se vê tentando agradar a todos — o tempo inteiro. Em algum grau, todos já fizemos isso. Mas é preciso reconhecer: agradar todo mundo é não apenas impossível, como bem desgastante. Se ainda resta alguma dúvida, há bons argumentos e evidências que demonstram isso (vale a leitura deste artigo, por exemplo).
O esforço constante de tentar ser aceito por todos consome energia. E, talvez mais grave, afasta você de si mesmo. Porque, ao tentar atender às expectativas alheias, abrimos mão — pouco a pouco — da nossa autenticidade. E quando deixamos de ser autênticos, deixamos também de ser inteiros.
Há algo em nós que se perde.
Esse comportamento tem nome: people pleasing. E, embora soe gentil ou diplomático à primeira vista, ele é, na verdade, uma forma sutil de autoabandono. Num mundo em que autenticidade é cada vez mais escassa, ser você mesmo deixou de ser apenas um traço pessoal — passou a ser um diferencial.
A frase que compartilhei antes continua valendo: a opinião do outro importa menos… quando o outro importa menos. Se alguém não deveria ter tanto peso na sua vida, talvez também não mereça tanto esforço da sua parte para ser agradado.
No fim das contas, o mais sensato é simples: preocupe-se com o que importa. E seja mais você.
A Vida Muda Rápido
Da última vez que estive por aqui, comentei que, após algumas tentativas seguidas de empreender, havia decidido dar um passo atrás — voltar a olhar para o mercado, retomar uma certa estabilidade. Compartilhei todo o processo com vocês e, com convicção, declarei a decisão tomada.
E aqui estou agora, dois ou três meses depois… empreendendo. A vida muda rápido. E quando ela muda, temos basicamente duas opções: resistir ou aceitar. A primeira parece mais confortável. A segunda, quase sempre, dói no início. Mas é como dizem:
Everything you really want is on the other side of worst first.
(Tudo o que você realmente quer está do outro lado do mais difícil.)
Voltei ao jogo. Feliz, animado, com novas ideias e mais energia do que antes.
Se tem um recado que fica daqui, é esse: permita-se mudar. Mudanças trazem emoção, movimento, novas memórias. E, no fim, a vida é exatamente isso — uma coleção de momentos que sentimos.
Deixe a mudança vir. E veja onde ela te leva.
Para fechar…
Quero começar agradecendo a todos que estiveram presentes nas mentorias que conduzi ao longo das últimas três semanas. Foi uma alegria dividir esse espaço com vocês — conversar, escutar, provocar reflexões. Cada encontro foi, de verdade, recompensador.
Um ponto importante: muitos se inscreveram e não chegaram a receber uma resposta. Isso aconteceu porque escolhi me dedicar a casos nos quais senti que poderia contribuir de forma realmente significativa — mais do que oferecer apenas conselhos genéricos. No geral, priorizei pessoas entre 18 e 26 anos que estão em busca de crescimento profissional com consciência, clareza e responsabilidade pelas próprias escolhas.
Me senti recompensado por cada conversa. Obrigado pela confiança. E quem sabe eu não abra mais uma rodada em breve.
Bom dia pra nós <3
Até a próxima edição,
Incrível!!!